top of page

Realismo e Neo-realismo

 

O realismo clássico advindo de autores como Tucídides, Maquiavel, Thomas Hobbes, Hans Morgenthau, entre outros, deixam claro através da perspectiva deles que a natureza do homem é má e que assim sendo, as atitudes dos Estados-Nação serão em prol de autopreservação, sobrevivência, e de forma a dominar as Relações perante os outros integrantes da Sociedade Internacional.

Entenda sobre o Realismo e Neo-realismo

Para estes autores, a sociedade é anárquica, ou seja, não há um Estado superior em que os outros obedecem, e sim, vários Estados que disputam constantemente o poder; uma guerra de todos contra todos. Assim, para os realistas há uma maneira de sustentar o balanço destas potências, sendo o equilíbrio de poder escrito por Waltz que faz com que o sistema tenha esta equação para manutenção do mesmo.

 

Também consideram os Estados e não os indivíduos como grandes atores no sistema internacional, e o uso da força é um instrumento considerado como garantidor da paz por meio da militarização.

 

Não consideram importantes as pressões internas do Estado para a tomada de decisão, sendo este um único ator com medidas racionais de sobrevivência. Isto é um dos pontos que diferem os neo-realistas que aceitam a premissa de que as tomadas de decisão são influenciadas por elites e outros integrantes internos, sendo necessário a análise de outras subestruturas que muitas vezes ultrapassam as relações entre Estados diretamente. Os neo-realistas aceitam as premissas dos clássicos, entretanto, propõem que na atualidade há uma estrutura mais complexa e “economicista”.

Resumo Teorias das Relações Internacionais acerca do realismo e liberalismo econômico

Liberalismo e Neo-Liberalismo

O Liberalismo é uma corrente teórica baseada como fonte principal na obra de Immanuel Kant. Normalmente considerados como “idealistas” pelos escolas realistas, os liberais tem uma visão predominantemente positiva da natureza humana, e veem o Estado como um mal necessário.

Entenda sobre o Liberalismo e o Neo-Liberalismo

Para os liberais, as relações internacionais podem envolver cooperação e paz, possibilitando o crescimento do livre comércio e a expansão dos direitos universais dos homens.

Ao falarmos em liberalismo, é preciso fazer algumas distinções no interior do modelo liberal, posto que o liberalismo seja plural tanto na concepção quanto no seu conteúdo. Neste cenário, é de significativa ajuda a divisão do liberalismo, a partir de núcleos distintos: moral, político e econômico.

 

O primeiro núcleo denomina-se moral, em que há a afirmação de valores e direitos básicos atribuíveis à natureza do ser humano;

 

O segundo é o núcleo político, no qual está relacionado aos direitos políticos. Há o consentimento individual, com base no contratualismo; representação onde, quem deve tomar decisões é a legislatura eleita pelo povo; Constitucionalismo, para que a constituição limitasse o governo nacional e institucionalizasse a separação dos poderes; Por fim a soberania popular, com o ideal de Rousseau da participação popular. Já o núcleo econômico se relaciona com a idéia dos direitos econômicos e de propriedade.

 

Enfatizam as relações internacionais como um palco em que atuam  múltiplos personagens, como os Estados, as organizações internacionais, as empresas transnacionais e os indivíduos, motivo pelo qual também são chamados também de pluralistas. Eles acreditam que as relações internacionais podem assumir um aspecto mais otimista e sem guerras, motivado basicamente pelo livre comércio.

A transformação do Estado Liberal para o Estado intervencionista deu-se com o aumento de interferência do Estado. Assim, na ampliação da atuação positiva do Estado, temos a diminuição no âmbito da atividade livre do indivíduo, ou seja, com o crescimento da intervenção, desaparece o modelo de Estado mínimo e abre-se o debate acerca de até que momento se permanece liberal  diante de tal situação.

Os liberais concordam em certa medida com os realistas no que diz respeito à caracterização do sistema internacional, embora suas teorias realçam mais os valores de cooperação e paz entre os atores. 

Para os teóricos do liberalismo, advindos também dos ideais de Montesquieu e do liberalismo de Adam Smith, a guerra seria desfavorável ao desenvolvimento do livre-comércio. Um conceito interessante e muito importante desenvolvido pelos liberais é o de interdependência.

 

Num mundo cada vez mais globalizado e integrado economicamente, conflitos em determinadas regiões ou tomadas de decisões isoladas poderiam afetar mesmo Estados distantes, em relação à toda cadeia de seus interesses envolvidos e Estados interligados.

 

A crise do petróleo é um exemplo da interdependência entre os Estados em que decisões de grande produtores podem afetar todo o sistema. Nesse caso, os Estados tenderiam a cooperar visando evitar situações desfavoráveis para a economia.

Summary of international relations - Liberalism - Realism
bottom of page